quinta-feira, março 28, 2013

Projeto “Não Eu” promete estética cinematográfica diferenciada


Um grupo de produtores culturais independentes está trabalhando no projeto ‘Não Eu’, uma produção audiovisual que vem para fortalecer a cena cinematográfica de Mato Grosso do Sul.
O material que vem sendo trabalhado há um ano foi apresentado na sexta-feira, na Morada do Baís, para empresários, artistas, políticos e comunidade em geral.

O diretor, Breno Benetti, que assina a quarta produção audiovisual lembra que o trabalho teve apoio da Câmara Setorial Independente criada há pouco mais de um ano. O grupo engloba produtores culturais independentes que tem objetivo de criar uma linguagem cinematográfica diferente da existente atualmente no Estado. “Tenho trabalhado com o produtor Givago Oliveira do T’Amo na Rodoviária, pois me identifiquei com a estética que ele desenvolve. Concordo também que temos de fortalecer a cena cinematográfica de Mato Grosso do Sul, que está sempre atrás do Teatro e da Dança, sem desmerecer os dois setores culturais, queremos mais espaço e estamos em busca disso”, avaliou Benetti.
Dacordo com o diretor, o intuito de apresentar o material já produzido é para criar um envolvimento com possíveis colaboradores que estão sendo captados na iniciativa privada. “Nós conseguimos apoio do Fundo Municipal de Incentivo a Cultura (FMIC), porém, queremos e precisamos de mais recursos para finalizar o filme. Por isso, vamos buscar parceiros na iniciativa privada, porque nosso objetivo é levar o longa-metragem para festivais nacionais e internacionais”, revelou.

Para Givago Oliveira, a prova de que o filme irá conquistar o objetivo de conseguir apoio na iniciativa privada foi a participação da representante de investimentos da empresa Alimenta, Agromix entre outras empresas do ramo agropecuário, Raquel Dualibi. “Foi importante reunir empresários, artistas, técnicos, políticos, instituições como a ACV/MS e o público-alvo do filme em uma sessão para que conseguíssemos demonstrar todos os passos de uma cena mercadológica de um filme. Como assistente de direção do filme me senti gratificado e estou em conversação engatilhada com instituições como a Eletrobras, Coca-Cola e Vale do Rio Doce”, revelou Oliveira.

O vereador Eduardo Romero (PT do B), que é também vice-presidente da comissão Permanente de Cultura da Câmara da Capital, compareceu ao evento de apresentação do projeto e afirmou estar muito satisfeito com a apresentação do projeto “Não Eu”. O parlamentar que também é jornalista e ator acredita que com este novo grupo de produtores, o Estado está vivendo um momento importante, com uma nova safra de trabalhos consistentes e conceituais. “Fico feliz em ver que os novos grupos que estão surgindo, tem se empenhado, pesquisado e apresentado um trabalho de qualidade. Ninguém é amador, todos estão comprometidos em apresentar um trabalho maduro, de qualidade e que mostre uma nova leitura de Mato Grosso do Sul. Podemos dizer que estamos amadurecendo culturalmente”, analisou Romero. 

Para o ator Luiz Bertazzo participar do longa-metragem tem sido uma experiência gratificante profissional e pessoal. Isso porque ele atualmente mora em Curitiba (PR), mas é natural de Corumbá (MS) e fica feliz por ver uma retomada de novas produções cinematográficas no Estado. “Aqui em MS não temos uma indústria grande e muitas vezes aceitamos trabalhos em que não recebemos remuneração ou que não tinham qualidade de roteiro. Mas, estou encarando o “Não Eu”, como uma porta de entrada para a democratização do cinema regional”, opinou.

Já a atriz Douradense, Fran Corona analisa a questão do roteiro e se diz encantada com sua personagem.“Minha personagem “Guavira” traz um sentimento novo, como a fruta, verde e doce, com um toque amargo. E isso é muito bacana, fazer cinema no Estado com um novo olhar, reafirmando a identidade do cinema do Novo Oeste” pontuou.
Sinopse – O jovem professor universitário Jorge está numa busca de autoconhecimento e aceitação, num universo crível, que flerta com o cotidiano, vivendo experiências em que muitas vezes não sabemos se oníricas ou verdadeiras.
Sua vulnerabilidade é testada a todo o momento seja pelo par que completa o suposto triângulo amoroso, Leon e Guavira, seja pelo seu pai. Em meio a essa profusão de tentativas e frustrações, ações e desejos, a melancolia se esvai em momentos de ligeira leveza e pontuado humor, nas figuras intermitentes de Guavira e Leon.


Contato para entrevista: Givago Oliveira (67) 9249-1038 e Breno Benetti (67) 9627-6602.

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